Pouco mais de um mês após a morte de três animais, já é possível sentir a diminuição no número de visitas no Projeto Peixe-boi Marinho da Barra do Rio Mamanguape, no Litoral Norte da Paraíba. De acordo com o diretor da Área de Proteção Ambiental (APA) da Barra do Rio Mamanguape, Sandro Roberto, a queda foi de 70%. “No inverno já é baixa a visitação e acredito que houve uma queda de 70% nas visitações”, disse.
Segundo Sandro, apenas a área que o público via os animais em cativeiro está fechada, mas as demais instalações estão funcionando. O local tem diversas atrações como museu e passeios ecológicos. “É interessante que a Barra do Rio Mamanguape é um local maravilhoso. Tem o trabalho de visitação de barco nos locais dos arrecifes no manguezal. Mesmo não tendo o cativeiro, o projeto segue aberto”, contou o biólogo.
As equipes do Projeto Peixe-boi em Mamanguape ainda monitoram um peixe-boi fêmea de 6 anos que se chama “Tita”. Ela foi readaptada e agora está solta na região. De acordo Sandro Roberto, "Tita" também apresentou problemas de saúde, assim como os outros animais que não resistiram, mas já se recuperou. Ela fica sempre no estuário e está sendo acompanhada pela equipe de biólogos.
O G1 entrou em contato com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA), em Itamaracá (PE), para saber as causas das mortes dos três peixes-boi que estavam em Mamanguape já foram identificadas. O CMA disse que a pessoa responsável pelo setor não estava no momento, mas que retornaria a ligação.
No mês de julho, a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) na Paraíba informou que fez uma análise da água coletada na área de proteção ambiental de Barra de Mamanguape, no município de Rio Tinto e que não houve indício de contaminação que justificasse a morte de dos peixes-boi.
A água foi coletada em pontos de influência direta ao local onde viviam os animais. A equipe da Coordenadoria de Medições Ambientais da Sudema realizou análises físico-química, bacteriológica e de metais nas amostras coletadas no Rio do Saco, no Rio Gamboa e no mar localizados no município de Rio Tinto e que alimentam o viveiro do Projeto Peixe-Boi.
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