Todo título que se prese tem uma boa história de bastidor que merece ser contada. E a conquista do 26º título paraibano do Botafogo-PB, no início da noite de quinta-feira, contra o Treze e dentro de um Estádio Amigão lotado, não é diferente. Pouco antes do início da final, um dos dirigentes do clube pessoense saiu às pressas do estádio e conseguiu uma camisa e uma faixa que estavam circulando entre torcedores trezeanos com as inscrições de “Treze campeão”. Ele voltou ao vestiário e entregou as duas peças ao treinador Marcelo Vilar. Este exibiu-as a todo o time e fez sua preleção final antes do confronto usando isto como parte da motivação.
Quem faz o relato é o gerente de futebol do Belo, Giancarlo Dantas, que diz que os jogadores botafoguenses ficaram instigados com o clima de “vitória antecipada” que, segundo ele, existia do outro lado.
- Nada melhor do que você jogar quando o adversário já se imagina campeão. Já tinha faixa e já estava tudo pronto para a festa do título do Treze. Isso serviu de motivação extra para a gente. Nosso dirigente foi atrás da faixa e da camisa. Não sei se ele comprou com algum vendedor ambulante. O que sei é que na preleção este material foi usado - explicou.
Giancarlo disse também que a união do grupo foi fundamental para a virada na final, com direito ao que ele classificou de “placar clássico” (o jogo terminou 3 a 0 para o Belo contra o Galo).
- Todos os nossos jogadores foram a campo. Não só os titulares e os reservas, mas até aqueles que não estavam relacionados. Todos queriam participar daquele momento. Todos ainda acreditavam. A esperança era total. Não deixamos de acreditar em nenhum momento - contou.
Falando especificamente sobre o confronto no Amigão, Giancarlo disse que o jogo foi todo do Botafogo, com exceção de "apenas uns 15 minutos". E elogiou a postura de Marcelo Vilar ao não recuar o time após o segundo gol.
- Continuamos com os atacantes em campo. Qualquer time do mundo colocaria um volante naquele momento. Mas quando Marcelo Vilar tirou Warley, colocou Edgard. Deixou a opção do contra-ataque. Tanto que foi Edgard quem sofreu o pênalti que definiu o jogo - finalizou.
O Botafogo precisava vencer por dois gols de diferença para ser campeão paraibano. O Treze assim estava muito perto do título. Mas com três gols no segundo tempo, num intervalo de apenas 15 minutos, o clube pessoense pôs fim a um jejum de 10 anos sem títulos.
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