A Paraíba tem 6,3 mil artesãos que tiveram suas atividades identificadas e os dados cadastrados junto ao Programa de Artesanato da Paraíba. O desafio é aliar a afirmação da identidade paraibana e resgatar atividades tradicionais que foram deixadas de lado devido à praticidade da vida moderna, segundo a gestora do programa Ladjane Barbosa afirmou.
A gestora citou atividades em comunidades quilombolas e indígenas como dois importantes exemplos em que existem atividades tradicionais sendo substituídas por outras mais práticas que garantem o sustento de forma mais rápida. “O importante é identificar essas manifestações e garantir o resgate dessa tradição aliado a técnicas de melhor acabamento para atender às exigências do mercado”, disse.
Foi com base nessa aspecto de tradição que 14 mulheres criaram há 10 anos a Associação das Artesãs Farol de Cabedelo. A matéria-prima para rosas e copos de leite são as escamas de peixes típicos do litoral da cidade portuária: tainha, cioba, sardinha e o budião. As escamas mais caras vêm do camurupim por ser encontrado sazonalmente no litoral paraibano, segundo conta a presidente da associação, Teresa Júlio. O custo do quilo de escamas varia de R$ 10 até R$ 25.
As peças feitas com escamas de peixes estarão expostas na Craft+Design pela quarta vez e a expectativa, segundo Teresa Júlio, é ampliar a clientela. Na última feira, elas garantiram trabalho durante o ano inteiro com encomendas de lojistas e profissionais da ambientação dos estados de São Paulo, Bahia, Fortaleza e do Distrito Federal.
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