quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Corpo de jovem é encontrado dentro de matagal em João Pessoa

Pai de jovem encontrado morto sendo consolado pelo policial militar  (Foto: Walter Paparazzo/G1) 
O corpo de um jovem de 17 anos foi encontrado na manhã desta segunda-feira (15), em um matagal na comunidade do Riachinho, no bairro do Padre Zé, em João Pessoa. Segundo a Polícia Militar, o jovem foi morto no último domingo, por volta das 17h, ao ser atingido por quatro disparos de armas de fogo, sendo três nas costas e outro no rosto. O pai do jovem esteve no local e, segundo a PM, disse ter reconhecido o filho, que seria usuário de drogas.

O som dos disparos que assassinaram o jovem foram ouvidos no domingo (14) por pessoas que moram próximo ao local onde foi encontrado o corpo. De acordo com o que informou a Polícia, uma guarnição foi acionada e seguiu até o local, no entanto, nada foi encontrado. "Os policias ainda chegaram a fazer buscas no local indicado pela população, mas, por conta da hora a escuridão, não ajudou e nada foi encontrado", explicou o sargento da PM, Marcos Henrique.
Novamente acionada pela população, a polícia foi comunicada com mais precisão da localização do corpo do jovem. "Pela amanhã, pessoas que passaram perto do corpo logo acionaram a polícia, mas o que chamou nossa atenção ao encontrá-lo foi verificar em suas mãos, luvas pretas. Essa não é uma coisa normal, e não sabemos o que possa significar", afirmou o sargento.
Ao ser informado que havia sido encontrado um corpo, o pai do jovem se dirigiu até o local e o reconheceu. De acordo com o sargento Marcos Henrique, ele disse que o filho saiu de casa no domingo de manhã sem comunicar o seu destino.
O corpo foi encaminhado para Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol), no bairro do Cristo Redentor, em João Pessoa. O crime será investigado pela Delegacia de Homicídios da capital paraibana.

Candidatura de Cássio Cunha Lima ao governo da PB é liberada pelo TSE

Cássio Cunha Lima (Foto: Divulgação/Assessoria de imprensa) 
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) considerou que o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), candidato ao governo da Paraíbanas Eleições 2014, é elegível. A decisão pela liberação da candidatura do tucano foi tomada na sessão da noite desta terça-feira (16), quando seis dos sete ministros da Corte optaram por rejeitar o recurso contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), que já havia liberado Cunha Lima para concorrer nas Eleições 2014.
O processo começou a ser julgado na última quinta-feira (11), mas a decisão foi adiada para esta terça-feira por pedido de vista da ministra Luciana Lóssio. Antes da interrupção, o relator do processo, ministro Gilmar Mendes, negou provimento ao recurso ao entender que o 2º turno não configura uma nova eleição propriamente dita, concluindo que a data do primeiro turno é o marco para decisões referentes ao pleito em questão, assim, o prazo para inelegibilidade estaria exaurido em 5 de outubro de 2014 e o senador Cássio Cunha Lima estaria apto a concorrer ao pleito deste ano. Isto porque o primeiro turno das eleições de 2006 ocorreu em 1º de outubro.
Além de Gilmar Mendes, os ministros Dias Toffoli, João Otávio Noronha e Tarcísio Vieira de Carvalho também negaram provimento ao recurso já na última quinta-feira. Na sessão desta terça-feira, após a análise do processo, a ministra Luciana Lóssio acompanhou o relator e votou pela liberação da candidatura, embora ainda tenha levantado questionamentos quanto ao prazo a ser contado para determinar a inelegibilidade. O ministro Luiz Fux também votou nesta terça-feira e seguiu o entendimento do relator. Apenas a ministra Maria Thereza de Assis Moura votou pela inelegibilidade de Cunha Lima.

Pena máxima prevista no país deve ser cumprida por 480 detentos na PB A pena de 30 anos será cumprida por conta das altas condenações.

Juiz da Vara das Execuções Penais de João Pessoa, Carlos Neves da Franca Neto (Foto: Wagner Lima/G1 PB)
Assaltos, homicídios, tráfico, sequestro. Crimes cotidianos, mas que somados podem levar os réus a julgamentos que resultam em penas de mais de cem anos. Mesmo com os benefícios previstos na legislação, o juiz da Vara das Execuções Penais de João Pessoa, Carlos Neves da Franca Neto, estima que aproximadamente 480 pessoas, o que representa 5% dos 9.704 apenados do Sistema Penitenciário da Paraíba terão que cumprir o teto de 30 anos de reclusão, limite máximo previsto em lei.
Carlos Neves da Franca Neto explica que, de forma geral, os crimes mais comuns são os relacionados ao tráfico de drogas e os de maior potencial ofensivo, como assaltos em grande quantidade. “Muitos desses casos envolvem assaltantes contumazes com até seis assaltos na ficha que somados e com as  progressões ainda chegam ao limite do cumprimento de pena que é de 30 anos”, frisou.

Agricultores fazem protesto em frente à sede da Conab em João Pessoa

Agricultores se concentraram na entrada da Conab, em João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1) 
Agricultores realizam um protesto em frente à sede da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa, na manhã desta quarta-feira (17). De acordo com os manifestantes, o mobilização aconteceu para cobrar menos burocracias para a aquisição de alimentos por meio do programa disponibilizado pela companhia.
De acordo com uma funcionária da Conab, que pediu para não ser identificada, uma comissão formada por 22 agricultores se reuniu com o superintendente substituto do órgão na Paraíba, Paulo Eduardo Oliveira, ainda na manhã de quarta-feira. Não houve ocupação do prédio e o protesto foi considerado pacífico pela Polícia Militar.
Os agricultores reclamam das mudanças na lei de certificação de qualidade dos produtos, o que, segundo eles, dificulta a aquisição de alimentos e consequentemente a produção agropecuária. A maioria dos manifestantes veio de zonas rurais em ônibus. O trânsito na Rua Cel. Estevão D´Avila Lins, onde a Conab na Paraíba fica localizada, estava interditado até as 11h40 e a manifestação em curso, segundo os próprios funcionários da Conab.

Paraíba investe na Economia Criativa para alavancar o turismo

Engenho Triunfo investiu em serviços que agregaram valor à venda de cachaça. (Foto: Arquivo Sebrae) 
A valorização do produto turístico e o respeito ao meio ambiente e às tradições culturais estão à mostra na 9ª Feira Regional de Turismo Rural (Ruraltur), que começa nesta quarta-feira (28), na Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), em Campina Grande. O evento mostra que ideias simples e inovadoras, baseadas na Economia Criativa, vêm despertando o interesse dos turistas por atividades diferenciadas, que vão além do lucro.
Algumas regiões do Estado vêm se destacando ao oferecer serviços e produtos que promovem o desenvolvimento sustentável e humano para atender turistas em busca de novas sensações e experiências, como degustar um prato novo, meditar em uma reserva ecológica, participar de uma oficina de artesanato ou dançar coco de roda numa comunidade quilombola. Somente no Brejo e Litoral Sul, o Sebrae apoia cerca de 60 negócios desse tipo.
Areia e Bananeiras, conhecidas pela riqueza natural, histórica e cultural, são os dois municípios do Brejo com mais atividades criativas. Na metade do século 19, Areia era uma das cidades mais promissoras do Estado e possuía cerca de 120 engenhos ativos, que produziam cachaça, açúcar mascavo e rapadura. Hoje, existem apenas 27 ativos, segundo a historiadora Luciano Balbino. Um deles é o Engenho Triunfo, do casal Antônio Augusto e Maria Júlia Baracho, uma das primeiras atividades de economia criativa do município.
A produção e venda de cachaça no Engenho Triunfo foi o começo do empreendimento. (Foto: Arquivo Sebrae)A produção e venda de cachaça no Engenho Triunfo
foi o começo do empreendimento.
(Foto: Arquivo Sebrae)
De segunda a sábado, o lugar abre as porteiras para visitação. Nos finais de semana chega a reunir cerca de 300 turistas, que conhecem a história do empreendimento, veem de perto o processo de produção e provam a bebida pura ou misturada com sorvete.
O engenho começou a ser construído em 1994, depois que Augusto recebeu uma herança em dinheiro e decidiu investir num sonho antigo. “Desde a adolescência, ele sonhava em ter o próprio engenho, mas não sabia fazer cachaça. Foram sete anos de muito estudo e testes até que a produção começasse pra valer”, conta Maria Júlia.
Depois que o negócio deu certo, a empresária percebeu que a fabricação da bebida não deveria ser a única fonte de renda e foi então que decidiu transformar o engenho num ponto turístico. “A gente sente que o turista quer conhecer de perto a produção, vivenciar a nossa história. Ele vai embora com um pouco da gente e deixa um pouco dele também”, diz.
Ruraltur tem programação até dia 30
A feira, que vai até sexta-feira (30), reunirá cerca de 80 expositores dos nove estados do Nordeste. A entrada é franca. A abertura oficial será às 19h desta quarta-feira (28), mas a programação começa às 8h com o 1º Encontro Nacional de Caminhadas na Natureza. Neste dia, das 14h às 17h, também acontecerá o Encontro de Equipes de Turismo dos Sebrae Nordeste, que reunirá representantes dos nove estados para discutir estratégias e integrar ações de turismo para a região.
Algumas das principais operadoras de turismo do país participarão da Rodada de Negócios, que acontecerá nesta sexta-feira (30), das 9h às 12h e das 14 às 17h. “Esse é um dos momentos mais importantes da Ruraltur, pois é a hora em que os empresários com interesses afins sentam-se à mesa para negociar. E esse primeiro contato pode se transformar num grande negócio”, disse Regina Amorim. Todos os eventos serão realizados na Fiep, onde também haverá apresentações culturais, oficinas de vivências  e exposição de artesanato paraibano.
Atividades esportivas
No sábado (31), acontecerá um passeio de bike até o restaurante Casa de Cumpade, no distrito de Galante, e a 1ª Caminhada Histórica e Cultural de Campina Grande, promovida pela Anda Brasil, com apoio do Sebrae e prefeituras de João Pessoa e Campina Grande.  A concentração será às 7h, no Parque da Criança, no bairro do Catolé. Os caminhantes farão um percurso de 6 km, passando pelos principais pontos turísticos da cidade.

Turismo de experiência leva 1,6 mil turistas por mês a oito cidades da PB

Sair do espaço urbano, vivenciar experiências das comunidades rurais e desfrutar de uma série de atrativos, que vão da culinária à natureza, é uma das apostas do turismo de experiência que tem levado aproximadamente 1,6 mil turistas por mês para oito cidades paraibanas. A atividade está movimentando a economia de Areia, Bananeiras, Pilões, Boqueirão, Pitimbu, Lucena, Conde e Cabedelo, segundo a gestora de turismo do Sebrae-PB, Regina Amorim. Até o final do ano, o projeto deve inserir as cidades de Ingá e Cabaceiras na lista de destinos para esse tipo de turismo.

Em Pitimbu, distante 69,2km de João Pessoa, os turistas podem degustar da culinária da cidade e participar de atividades como a caminhada 'Trilhas do Abiahy'. No Conde, que fica a 24,5km da capital, os turistas têm acesso à caminhada 'Anda Brasil' e uma variedade de doces, inclusive, os feitos com pimenta.
Regina Amorim, gestora de turismo do Sebrae, explica que a oferta desses atrativos tem despertado o interesse de um segmento de pessoas que não se contenta em ver prédios históricos e praias. “Essas pessoas querem conhecer mais de perto a cultura do local e vivenciar os processos de várias atividades. A criatividade é um recurso ilimitado nesse conceito de economia criativa que trabalhamos”, frisou.
Memorial Casa de Farinha é um dos sete pontos de vivência oferecidos na cidade de Pilões aos turistas (Foto: Augusto Pessoa/Sebrae PB)Memorial Casa de Farinha é um dos 7 pontos de
vivência oferecidos na cidade de Pilões aos turistas
(Foto: Augusto Pessoa/Sebrae PB)
Da totalidade, metade dos roteiros de turismo de vivência e experiência estão concentradas nas regiões do Brejo e Agreste paraibanos. Em Areia, 16 atividades são ofertadas aos turistas e em Pilões outras 14, sete deles de vivências e os outros de criatividades culturais. “O turismo de experiência trabalha integrado com o desenvolvimento local. Os saberes e os fazeres do lugar, os produtos agrícolas, o artesanato, a gastronomia  e as manifestações culturais atraem o interesse do turista”, explicou Regina.
Em Pilões, dentre as 14 atividades formatadas que os turistas podem 'mergulhar' para experimentar tem o Memorial Casa de Farinha.  O prédio antigo e nas instalações ainda é fabricada a farinha de forma artesanal. Na localidade há também como opção de vivência e atrativo turístico o Sítio Riacho da Faca, que mantém atividades de apicultura. No sítio é possível fazer degustação de produtos feitos à base de mel e desfrutar da Pousada de abelhas de Uruçu. Outro forte atrativo é o do plantio das flores na área rural de Pilar.
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A Casa de Nena é uma das paradas no turismo de vivência para acompanhar a transformação de tapetes de buchinhas em bolsas (Foto: Augusto Pessoa/Sebrae PB)Na Casa de Nena turistas podem acompanhar a
transformação de tapetes de buchinhas em bolsas
(Foto: Augusto Pessoa/Sebrae PB)
Em Boqueirão, a 174km da capital, a cidade de Boqueirão aparece como uma opção para amantes de artesanato, cavalgadas, reciclagem e artes manuais. Dentre as 14 atividades disponíveis para os visitantes no turismo de vivência estão conhecer  no distrito de Tabuado, a 'casa de Nena', uma artesã que transforma tapete de buchinhas em bolsas de modelos variados.
No local, o turista pode acompanhar o processo de produção dos objetos. No Parque de Vaquejada Erivelton Guimarães possibilita aos 'homens da cidade' vivenciarem as atividades e brincadeiras dos vaqueiros. Toda a rota é sinalizada, segundo o Sebrae-PB, e com pousadas e espaços para alimentação.

Café da manhã na varada
Um café, bolos, leites, sucos, tudo desfrutado em um terraço com vista bucólica a menos de 2,5km de Pilões. O 'Café da Manhã na Varanda' é uma das experiências que os turistas podem vivenciar na cidade, que fica a 119km da capital. Pelo terraço da casa de dona Maria José passaram mais de 600 turistas desde agosto, quando começou o projeto 'Caminhos do Frio', até o mês de setembro. "E olhe lá se não foi mais do que isso porque muita gente não assina o livro de visitas", brinca.
Café na varada é um dos projetos de vivência de Pilões em que os turistas pagam para desfrutar de café regional (Foto: Augusto Pessoa/Sebrae PB)'Café na varada' é um dos projetos de vivência de Pilões em que os turistas pagam para desfrutar de café regional (Foto: Augusto Pessoa/Sebrae PB)
O registro dos clientes é guardado com carinho e interesse em documentar a atividade em um livro de visitação. O 'Café na Varanda' é oferecido de segunda-feira a sábado, das 13h às 18h. No entanto, se os visitantes quiserem degustar das delícias de um café do interior pela manhã podem fazer reserva com dois dias de antecedência.
A casa fica no Engenho Olho D'água, às margens da estrada. A parada dos turistas no cantinho de culinária local mudou a vida das artesãs da cidade. "Melhorou tudo por aqui. A gente tem uma associação de flores tropicais mas ainda não estamos vendendo então, o Café na varada surgiu como uma opção de renda", disse. O trabalho envolve seis mulheres que, para lucrar mais, produzem almofadas, cortinas e e flores de fuxico que ficam à venda na varada enquanto os turistas tomam o café.
Regina Amorim avalia o fluxo de turistas no 'Café na Varada' como um indicador de que os turistas estão em busca de diferenciais em suas viagens. “Em uma das casas, a proprietária abriu o terraço para atender os turistas oferecendo um café com bolos. Cada pessoa paga R$ 10 pelo café. Se avaliarmos que esses números foram em baixa estaão em uma cidade do interior, é um bom resultado", acredita.

Flores comestíveis são produzidas na zona rural de Pilões, na Paraíba

 
Um grupo de agricultoras decidiu investir na produção de flores comestíveis na zona rural de Pilões, no Brejo paraibano. Elas queriam inovar e, com orientação técnica, estão cultivando o produto no Sítio Queimadas. As flores ficam em vasos e depois vão ser transportadas para uma área maior, onde vai funcionar a produção agroecológica integrada e sustentável. O local já está sendo preparado e a previsão é de que, em um mês, tudo esteja florido, com outras produções integradas de agricultura orgânica.

“A gente usa, através da semente, de propagação pelo corte. A gente passa um mês com ela para poder transportar para outros vasos”, explicou a florista Roseli Galdino. O objetivo é transformar o sítio em uma grande área de produção de flores comestíveis. A experiência foi mostrada no quadro Paraíba Rural desta quarta-feira (17), no Bom Dia Paraíba.


Entre as flores cultivadas estão pimentas ornamentais, cravinas e capuchinas. “Existe uma demanda de alguns restaurantes da cidade de Campina Grande e de algumas pousadas da cidade de Areia, que procuraram essas mulheres sinalizando que existia mercado para o consumo de flores. Quem hoje quer usar na decoração de saladas ou algum prato especial tem que adquirir de outras regiões”, comentou o gerente regional do Sebrae, José Marcílio.

A confiança é tanta no que se está produzindo que uma das agricultoras trocou a capital pelo campo. “Veio essa ideia de trabalhar com flores, que nós gostamos muito. Então minha irmã chamou e eu não pensei duas vezes. Deixei tudo lá e vim”, comentou Cristina Galdino.

“Nós encaminhamos um técnico até a comunidade para analisar as questões da terra, questão de água, para ver se tem de fato a possibilidade de receber o kit. E aíi eles recebem o kit de produção, que é composto de caixa d’água, bomba, fita gotejadora, sementes, mangueira, as galinhas e o galo, enfim, recebem todo um aparato de produção para que eles iniciem a produção e, além do mais, dois anos de assistência técnica garantida pelo Sebrae em que de 15 em 15 dias um técnico está acompanhando a produção”, explicou o técnico do Sebrae, Renato Albuquerque.