Um torcedor de 18 anos, que foi atingido por uma facada na região das costas durante uma briga entre as torcidas organizadas de Campinense e Treze, tem grande possibilidade de ficar paraplégico. Foi o que revelou nesta segunda-feira o neurocirurgião Amauri Filho, responsável pelo atendimento do rapaz, que deu entrada no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande no início da tarde deste domingo poucas horas antes dos dois times se enfrentarem no Estádio Amigão.
De acordo com o médico, o rapaz foi ferido na coluna e ficou com os movimentos das pernas comprometidos. Por enquanto, o hospital não tem previsão de alta para o paciente.
- Ele ainda mexe um pouco a perna, mas a força muscular dele é muito pouca e é provável que ele fique paraplégico. Não tem como afirmar categoricamente, porque ainda depende de algumas coisas, como fisioterapia, mas há uma grande possibilidade – explicou.
Além deste torcedor, o neurocirugião confirmou o atendimento a um adolescente de 16 anos, também atingido por uma faca na mesma briga. No entanto, apresentando um quadro não tão grave, foi logo liberado pelo hospital.
Entenda o caso
Os dois se envolveram em uma briga na Rua Vigário Calixto, que fica nas imediações do Amigão. Segundo um torcedor trezeano, que estava na confusão e não quis se identificar, um grupo da Torcida Jovem do Treze estava se dirigindo para o estádio, quando encontraram alguns torcedores da Facção Jovem do Campinense. Ele contou ainda que os dois grupos se atacaram com pedras.
No mesmo dia, sendo que depois do jogo, a Polícia Militar registrou outra briga entre as duas torcidas. Dessa vez foi no Terminal de Integração de passageiros de Campina Grande, quando um ônibus que chegou com algumas pessoas que vinham do Amigão acabou sendo apedrejado pelos rivais, que aguardavam no local.
Para dispersar os brigões, a PM teve que utilizar spray de pimenta e um torcedor, que acabou desmaiando, teve que receber atendimento médico por parte do Corpo de Bombeiros ainda no local. Além do ônibus que foi apedrejado pelos torcedores, boa parte da estrutura do Terminal de Integração acabou sendo destruída.
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