A velocidade está no DNA da família Piquet. Aos 61 anos, o patriarca Nelson é hoje um bem sucedido empresário que curte sua coleção de carros antigos. Mas já foi o terror de muitos adversários em seus mais de 20 anos de carreira nas pistas do Brasil e do exterior, faturando três títulos mundiais de Fórmula 1 entre 1981 e 1987. Seu herdeiro mais velho, Geraldo, de 36 anos, optou pelos caminhões e há dez temporadas disputa vitórias e títulos pelo Brasil na Fórmula Truck. Já Nelsinho, hoje com 28, seguiu carreira no exterior, chegou à F-1 e hoje está na Nascar. Laszlo, de 26, correu de kart por muito tempo, mas se descobriu nas corridas de supermoto. Com tantos exemplos, foi até natural que Pedro, de 15 anos, seguisse o mesmo caminho. Mas o Piquet-caçula dos cockpits, que neste fim de semana fará sua estreia no automobilismo sob o olhar atento do pai coruja, nega que tenha sofrido qualquer tipo de pressão.
- Tenho um irmão mais novo que não gosta de corridas, nem todo mundo na família precisa ser piloto. A pressão é muito mais alta, sendo um Piquet você é obrigado a ter um bom resultado sempre e tentar seguir a história, igual ao meu pai, ao meu irmão. Meu pai sempre pergunta se eu quero fazer, nunca tem a decisão. E eu escolhi correr de fórmula, mesmo sendo mais novo que os outros – frisa Pedro, que competirá com pilotos entre 16 e 18 anos. Entre eles está outro brasileiro, Gustavo Lima, que completa 18 em 2014.
Fórmula 1 é a meta do jovem Piquet
Depois de um bem sucedido período no kart, assim como aconteceu com seu pai e com seus irmãos pilotos, a opção de Pedro para iniciar sua carreira nos carros foi a Toyota Racing Series, um torneio monomarca na Oceania com carros similares aos das categorias europeias que formam as divisões de base da Fórmula 1. A categoria máxima, na qual Nelsão conquistou 23 vitórias, 24 poles e 23 voltas mais rápidas, além de seus três Mundiais, é o objetivo de Pedro.
- A Fórmula 1 é o grande sonho, mas sempre existem outras possibilidades. A F-1 é um lugar complicado, tem muita pressão envolvida e só 22 vagas, então tem que se sair bem no seu primeiro ano, senão vai para casa. Já Nascar já não tem tanta pressão, e tem mais vagas. Mas Estados Unidos não seria o plano A. Um plano B, sim – comenta Pedro Piquet.
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