O ex-candidato a vereador de Campina Grande, Rodolfo Bruno Barbosa Sousa, que foi um dos sequestradores da irmã do jogador Hulk, atleta do Zenit da Rússia e Seleção Brasileira, teve sua pena reduzida para cinco anos e oito meses e passou ao regime semiaberto, em recurso apreciado na tarde desta terça-feira (28) na Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB). Outros três acusados tiveram os recursos negados.
A prisão de Rodolfo Bruno, juntamente com os três outros envolvidos no sequestro, ocorreu no dia 6 de novembro de 2012. Já a decisão do juízo de primeiro grau, que condenou Rodolfo Bruno a oito anos e seis meses de reclusão, foi proferida no dia 27 de junho de 2013.
A decisão do colegiado considerou que o envolvimento dele no caso foi restrito ao empréstimo do automóvel utilizado no sequestro, tendo assim uma participação de importância menor. "A colaboração do agente possui caráter secundário e, portanto, dispensável, de modo que se o auxílio não fosse prestado, não impediria a realização do crime", disse o relator do processo, o desembargador Luiz Silvio Ramalho Junior.
Com esta justificativa, ele aplicou diminuição da pena em um terço, prevista no artigo 29, § 1º, do Código Penal. Foram negados por intempestividade os recursos envolvendo Élio Pereira Silva, Victor Hugo Henrique da Silva e José Éliton de Melo Santos, os outros três condenados pelo crime de sequestro.
Segundo os autos do processo, a irmã do jogador era estagiária na área de Nutrição, no restaurante de propriedade de Élio pereira, com quem Rodolfo tinha laços de amizade e onde costumava realizar refeições. Rodolfo Barbosa foi candidato a vereador de Campina Grande em 2012, mas não foi eleito.
Entenda o caso
Conforme a denúncia do Ministério Público, no dia 5 de novembro de 2012, Élio Pereira teria convidado a vítima para uma palestra em endereço diferente do restaurante. Ao se dirigirem para o local, fizeram uma parada em frente a uma casa de recepções, quando José Éliton e Victor Hugo abordaram a mulher e a levaram num Chevrolet Blazer preto, de propriedade de Rodolfo Barbosa, para um cativeiro no bairro do Catolé.
O valor a ser cobrado pelo resgate de Angélica seria de R$ 300 mil, mas uma discordância entre os comparsas quanto à divisão do montante fez com que um deles decidisse libertar a refém. A jovem acabou sendo liberada no dia seguinte, 6 de novembro, quando três suspeitos foram detidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário